Por Anna Karenina MDB 4085/BA

Uma mistura de sabores requintados da confeitaria italiana e iguarias sul baianas deu origem ao doce “Ilhéus”, uma criação do professor de Gastronomia do Instituto ‘Luigi Stefanini’, de Casalnuovo de Nápole, e chefe de confeitaria de “La Fiorente”, Aniello Sepe.

“A reação do povo italiano que experimenta ‘Ilhéus’ é de animação, tanto pelo gosto particular do sabor do cacau, quanto pela curiosidade em saber as razões que me levaram a criar esse doce”, afirma o professor gastronômico e chefe de confeitaria, Aniello Sepe, de 25 anos.

Da cidade de Palma Campania, província italiana de Nápoles, Anielo Sepe encontrou inspiração no Sul da Bahia para a criação de um doce com o nome “Ilhéus”. Ele relata que sua experiência em Ilhéus “foi cheia de emoções que me motivaram a criar uma sobremesa em homenagem aos amigáveis, calorosos e hospitaleiros habitantes e à cidade, que hospedou a mim e aos meus companheiros durante os trabalhos do projeto ‘S-FEST’ em parceria com a universidade a distância Uni Pegaso, e que teve como finalização o Festival Internacional ‘Gastronomia, Sabores e Arte’, realizado em Ilhéus, entre 2 e 6 de maio”.

Formado por 5 camadas, o doce “Ilhéus”, de Aniello Sepe, é feito com uma base de pão de ló com cacau do sul da Bahia, aromatizado ao rum, na primeira camada, creme de cacau na segunda camada, creme chantilly de pistache na terceira, mousse de chocolate ao leite na quarta e calda gelatinosa de pistache para fechar a quinta camada de recheio.

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“Como decoração, usei grãos de pistache, 75% de gotas de chocolate amargo, disco de chocolate branco e sementes caramelizadas do cacau de Ilhéus. Escolhi o pistache para dar a cor da bandeira brasileira”, explicou Aniello.

Outra peculiaridade que chamou a atenção do chefe, foi o sabor da típica fruta brasileira, o maracujá, utilizado nas geleias durante demonstrações práticas de confeitaria que ele realizou no Centro Estadual de Educação Profissional (CEEP), do Chocolate Nelson Schaun. “O resultado com o maracujá me fascinou muito”, disse.

Desde sua mais tenra idade, o chefe Anielo Sepe cultivou a paixão pela arte culinária. Através do pai, foi possível acessar os conhecimentos gastronômicos para hoje conduzir a tradicional confeitaria da família, “La Fiorente”, que funciona desde 1865.

Impressões sobre Ilhéus – Durante a estadia na cidade sul baiana, Aniello Sepe conheceu o comércio da cidade, o cultivo de cacau em fazenda e uma fábrica de chocolate, ocasiões em que teve a oportunidade de experimentar diretamente os sabores da terra e comprar produtos locais para levar à Itália.

“Eu tive a impressão de uma comunidade com grande potencial, principalmente relacionado ao patrimônio cultural e suas tradições, tanto no setor da gastronomia, com cacau e o chocolate representando um recurso de alta qualidade, quanto pelas manifestações artísticas (danças folclóricas, artesanato, etc.) originárias da cidade. Esse conjunto pode ser um instrumento de desenvolvimento turístico capaz de envolver diretamente a população local”, declarou o chefe de confeitaria e professor gastronômico, Aniello Sepe. Ele tem o desejo de voltar brevemente em Ilhéus para prestar homenagem à comunidade com o doce e compartilhar experiências novas e desafiadoras.

Saiba mais sobre o S-FEST – É um projeto co-financiado pela União Europeia e coordenado pela Fundação RAS de Castellammare di Stabia, província de Nápoles (Itália), em parceria com Uni Pegaso (Itália), Cooperbom (Brasil), Ação Synergy (Grécia) e Universidade de Cabo Verde (Cabo Verde).

 

Colaboração e tradução de Janaína Morais.

 

Confira a entrevista completa em Italiano:

Nome, professione, durata dell’esperienza, nazionalità, dove vive, nome dell’azienda dove lavora.

Mi chiamo Aniello Sepe ho 25 anni, vengo dall’Italia e svolgo due professioni, il pasticciere e il docente di “Cucina” presso l’Istituto “Luigi Stefanini” di Casalnuovo di Napoli, che mi ha proposto di partecipare a questa bellissima esperienza in Brasile mettendomi in contatto con UniPegaso partner del Progetto S-FEST.

Vivo a Palma Campania, paese in provincia di Napoli, ed è lì che svolgo la professione di pasticciere presso la pasticceria “La Fiorente dal 1865”, passione che coltivo fin da bambino, tramandatami da mio padre.

Ilhèus, il mio dolce, prende il nome dalla città che ha ospitato me e i miei compagni durante il meeting del progetto “S-FEST” all’interno del quale si è svolto il Festival Internacional “Gastronomia, Sabores e Arte” tenutosi dal 2 al 6 Maggio 2018.

S-FEST è un progetto co-finanziato dall’Unione Europea e coordinato dalla Fondazione RAS di Castellammare di Stabia (Napoli) in partnership con Unipegaso (Italia), Cooperbom (Brasile), Action Synergy (Grecia) e Università di Capo Verde (Capo Verde).

Quali sono gli ingredienti e come è fatto, cosa ti ha motivato un dolce con il nome Ilehus? com’e nata l’idea? Quale è stata la reazione delle persone quando hanno assaggiato il dolce?

Nel corso del mio soggiorno a Ilhèus, avendo la possibilità di visitare il mercato locale, le coltivazioni di cacao presso la Fazenda “Yrere” e una fabbrica di cioccolato, ho avuto la possibilità di vivere direttamente i sapori di questa terra e di acquistare prodotti tipici che ho portato con me in Italia al ritorno.

Inoltre, nel corso dei workshop del meeting del progetto S-FEST, durante alcune dimostrazioni pratiche di pasticceria tenute presso il Centro Estadual de Educação Profissional (CEEP) do Chocolate “Nelson Schaun”, ho avuto modo di utilizzare le marmellate locali al gusto di frutti tipici brasiliani, tra cui la maracuja, e il risultato mi ha affascinato molto.

La mia creazione dunque è stata composta con cacao brasiliano locale. Di seguito la ricetta del dolce.

“Ilhèus” è un dolce a 5 strati:

1° è di Pan di Spagna al cacao aromatizzato al Rum

2° Crema Inglese al cacao

3° Crema Chantilly al Pistacchio

4° Mousse di cioccolato al latte

5° Glassa lucida al Pistacchio

Come decoro ho usato granella di pistacchio, goccine di cioccolato fondente 75%, disco di cioccolato bianco e fava di cacao caramellata.

Ovviamente ho scelto il pistacchio per dare il colore della bandiera Brasiliana.

Al momento, la reazione delle persone italiane che hanno assaggiato “Ilehus” è stata entusiasta, sia per il gusto, in particolare per il sapore del cacao, che per le motivazioni che mi hanno portato a realizzare questo dolce e che incuriosiscono le persone che lo testano.

Quando eri a Ilehus che impressione hai ricevuto? cosa ti ha attirato di più? Ritornerai di nuovo?

La mia esperienza in Ilhèus è stata piena di emozioni che mi hanno spinto a creare un dolce in suo onore e dei suoi abitanti cordiali, affettuosi e ospitali.

Ho avuto l’impressione di una comunità locale con un gran potenziale che riguarda soprattutto il patrimonio culturale e le tradizioni di Ilehus sia nell’ambito gastronomico, con il cacao e il cioccolato a rappresentare una risorsa di alta qualità, che l’insieme delle rappresentazioni artistiche (danze popolari, artigianato, ecc…) originarie della città, che possono essere uno strumento di sviluppo turistico capace di coinvolgere direttamente la popolazione locale.

Mi auguro di poter tornare presto in Ilhèus per poter omaggiare la comunità locale con il dolce creato in suo onore e condividere ancora nuove e stimolanti esperienze insieme.

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